segunda-feira, 31 de março de 2014

Antecedentes da Primeira Guerra

A Primeira Grande Guerra (1914-18) foi responsável pela morte de milhões de pessoas na Europa e provocou uma transformação significativa nas correlações de força entre os países industrializados.

FATORES
Normalmente são apresentados três fatores mais importantes responsáveis pela guerra: A Política Imperialista sobre as áreas de colonização, a Questão Balcânica e o Revanchismo Francês; Mesmo esses dois últimos somente podem ser entendidos no contexto da expansão capitalista, portanto a Primeira Guerra foi na verdade uma guerra imperialista que envolveu os grandes interesses de potências industrializadas



O IMPERIALISMO


O final do século XIX, principalmente após a Conferência de Berlim (1885), foi caracterizado pela corrida armamentista. Nesse período, conhecido por "Paz Armada", várias nações instituíram o serviço militar obrigatório e os exércitos passaram a ter maior influência na vida política. Esse processo deveu-se ao desenvolvimento do capitalismo monopolista e do neocolonialismo, que caracterizam o imperialismo. As grandes potências industriais adotaram a política expansionista para garantir o controle sobre os mercados afro-asiáticos, a partir da concepção de que o desenvolvimento industrial da cada nação somente seria possível na medida em que houvesse o controle sobre grandes mercados.Essa mentalidade imperialista foi responsável não só pelo militarismo, como também por maior exaltação nacionalista.

O NACIONALISMO
O nacionalismo desenvolveu-se desigualmente nos países imperialista, fruto das condições anteriores ao imperialismo. Tradicionalmente considera-se a Alemanha como a maior expressão de nacionalismo, na verdade, muito mais pelos desdobramentos que essa mentalidade teve durante a Segunda guerra, do que pela sua real importância no final do século XIX.
Na Itália o sentimento nacionalista esteve presente nas duas grandes revoluções do século XIX ( em 1830 e 1848) e novamente no processo de unificação.
Na França o nacionalismo esteve presente na Revolução Francesa, manifestado principalmente no ideal de ‘fraternidade"; se bem que a revolução agudizou a luta de classes, enquanto na Alemanha e na Itália, as unificações baseadas no discurso nacionalista cumpriu o papel inverso, encobrir as desigualdades, característica fundamental do nacionalismo.
Mesmo nos EUA, onde não existe o nacionalismo clássico, este encontrou seu equivalente na Teoria do Destino Manifesto, de origem calvinista, que serviu como justificativa ideológica para o expansionismo ao longo do século XIX e para a formação de sua política intervencionista conhecida por "Big Stick".



A QUESTÃO BALCÂNICA
Desde o final do século XIX, com a decadência do Império Turco e o processo de independência dos povos da região balcânica, é que esse território tornou-se alvo de múltiplos interesses. A Áustria pretendia ampliar sua influência sobre a região e iniciar um processo de expansão. A mesma política foi desenvolvida pelos russos, que utilizaram o argumento "pan-eslavista", e haviam ainda os interesses peculiares à própria região, em especial o dos sérvios, que pretendiam construir a "Grande Sérvia".

O REVANCHISMO
O revanchismo francês desenvolveu-se após a humilhação de 1871, quando da proclamação do II Reich Alemão no Palácio de Versalhes. Nas casas e escolas as crianças francesas foram estimuladas a exaltar o patriotismo e a aceitar o sacrifício pelo seu país. Na verdade esse revanchismo ( a palavra tem sentido negativo) não deixa de ser uma manifestação nacionalista ( palavra que normalmente tem sentido positivo) que desenvolveu-se ao mesmo tempo em que as estruturas políticas do país foram se tornando mais liberais, possibilitando maior participação, estimulando o senso crítico e a noção de cidadania, portanto situação contrária vivida pela Alemanha, onde o nacionalismo seguiu a orientação de um estado centralizado e forte.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013



                                   Tiol
Sabe-se que, na Tabela Periódica, os elementos situados numa mesma coluna têm propriedades semelhantes e formam compostos também semelhantes. Logo abaixo dooxigênio (O) na coluna 16, está o enxofre  (S), assim, esses elementos são capazes de formar compostos orgânicos semelhantes entre si.
Também conhecidos como tioálcool, o tiol é uma função orgânica caracterizada pela ocorrência do grupo funcional –SH, denominado grupo tiol, ou grupo sulfidrilo, ou, ainda, grupo mercaptano (do latim, mercurim captans, que quer dizer captador de mercúrio e tem a ver com a afinidade desse grupo com o elemento mercúrio) que podem ser comparados quimicamente com a função álcool. A diferença entre ambos está na “troca” do oxigênio do grupo álcool (-OH) pelo enxofre no grupo tiol (-SH).
A nomenclatura dos tióis pode ser feita de diversas maneiras. A primeiras delas se assemelha muito com a nomenclatura dos álcoois. Na função álcool, o nome é dado juntando o prefixo ol à cadeia carbônica, na função tiol, nomeia-se o composto unindo o nome da cadeia principal do hidrocarboneto ao sufixo tiol. Exemplo:
Álcool                    -O                           Tiol
CH3- CH2- OH             --->               CH3- CH2 -SH
etanol                   +S                  etanotiol
Observe que a diferença entre as nomenclaturas dos dois compostos está apenas no sufixo. Esse é o método de nomenclatura mais empregado pela IUPAC. A outra forma também se baseia na função álcool e é dada substituindo o nome álcool pelo nome mercaptano, assim o CH3CH2SH seria nomeado como mercaptano etílico, da mesma forma que o CH3CH2OH recebe o nome de álcool etílico.
Devido ao enxofre da cadeia, os tióis são caracterizados, principalmente, pelos odores muito desagradáveis que exalam. Por esse motivo, os mais simples são misturados, em pequenas quantidades, aos gases comerciais inodoros, como o butano (gás de cozinha), para que os usuários identifiquem vazamentos indevidos, evitando explosões e incêndios. Animais como gambás, cangambás e jaritatacas produzem um líquido mal cheiroso que contêm tióis na sua composição (3-metil-1-butanotiol e 2-buteno-1-tiol) e utilizam-no como mecanismos de defesa contra predadores. Os odores característicos do chulé e de alguns queijos também estão relacionados à presença do grupo tiol.